 |
| (Foto: Reprodução/EPTV) |
A mãe, que tem 20 anos, também foi detida e disse que a gravidez era indesejada. Conforme a polícia, ela também afirmou que o plano inicial era abandonar a menor em uma maternidade, mas o pai sentiu vergonha da ideia e, por isso, decidiu forjar outra situação. O G1 tentou falar por telefone com Jadil. Ele atendeu, mas após a reportagem se identificar, a ligação foi interrompida. O operador de máquinas não atendeu mais as ligações seguintes.
O casal vive junto há três anos e tem outros dois filhos menores. Ainda em depoimento, a mãe confessou que não fez pré-natal, que a filha nasceu em casa e que o próprio pai cortou o cordão umbilical. Como não houve flagrante, o casal vai responder em liberdade. A polícia começou a desconfiar de Jadil quando ele informou que ao lado da caixa de papelão onde estava a bebê havia outra caixa com fraldas e um cobertor. Esses objetos nunca foram encontrados nem apresentados por ele no pronto-socorro ou na delegacia.
O pai irá responder por três crimes: abandono de incapaz, comunicação falsa de crime e falso testemunho e a mãe por abandono de incapaz. Já a mãe foi indiciada por abandono de incapaz.
A Polícia Civil informou ainda que a posse da recém-nascida, que segue internada sem previsão de alta no Hospital Santa Bárbara, será retirada dos pais. O casal tem outros dois filhos e a guarda deles é pelo Conselho Tutelar.
Entenda o caso
A criança foi encontrada por volta das 5h30 de segunda-feira, na calçada de uma rua no bairro Cândido Bertini. Inicialmente, Jadil se apresentou como um morador que seguia para o trabalho e encontrou a bebê, acidentalmente. "Vi algo se mexendo e achei que fosse um filhote de gato", disse o pai na segunda-feira.
Ele ainda levou a menina ao pronto-socorro. De lá a criança foi transferida para o Hospital Santa Bárbara. De acordo com o coordenador de enfermagem da unidade, Amadeu da Silva, ela não tinha marcas de violência e teria nascido entre a noite de domingo (15) e a madrugada de segunda.
Em entrevista na segunda, a delegada Olívea Fonseca deu detalhes sobre o início da investigação. "Ouvi a pediatra responsável pelo caso. E o que ela disse e me chamou a atenção foi que esse parto foi feito dentro de uma residência, porque a criança não tem nenhuma marca de vacina", disse.
Notícia compartilhada do G1
