Foto: Marcos Corrêa/PR |
"Estamos no sufoco queremos evitar que o governo pare, dado ao Orçamento nosso completamente comprometido. Deve ter um novo corte agora. O que deve acontecer, não quer dizer que vai acontecer. O novo corte agora é R$ 2,5 bilhões", disse o presidente na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
O Orçamento já está sob forte contingenciamento de R$ 30 bilhões. Esse bloqueio é feito como medida para que o governo cumpra a meta fiscal ao fim do ano. Este ano, a meta permite rombo de até R$ 139 bilhões.
"Uma merreca. Concorda que é uma merreca perto do orçamento trilionário nosso. É pouca coisa num Orçamento de trilhão. Dois bilhões e meio é pouco, o que estamos decidindo com a equipe econômica. Em vez de cortar de seis ou sete ministérios, todo mundo morrer, mata um ministério só. Estou sendo obrigado a decidir", afirmou.
Em maio, o governo anunciou um bloqueio de 30% no orçamento de todas as universidades e institutos federais. O bloqueio atingiu 3,4% do orçamento total das universidades, segundo o Ministério da Educação.
O Estadão/Broadcast informou nesta semana que números preliminares analisados na reunião de quinta-feira, 18, da Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que reúne Casa Civil e Ministério da Economia, apontam para a necessidade de corte entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,5 bilhões.
No entanto, havia intenção de não fazer o novo bloqueio e usar a reserva de contingência de R$ 1 bilhão, além do cancelamento de cerca de R$ 2 bilhões de despesas previstas no Orçamento para o pagamento do subsídio do diesel concedido pelo governo Michel Temer.
"O que está sendo estudado, que deve ser anunciado, é infelizmente daqui uns dias mais um corte. Caso contrário eu pedalo, entro na Lei de Responsabilidade Fiscal. É o impeachment contra mim", justificou o presidente.
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